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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vendredi Soir - Friday Night









Laure (Valérie Lemercier) , chegou a um ponto de ajuste em sua vida . Em seu apartamento parisiense , ela arruma as malas junto com os seus pertences , e está tudo pronto para morar com o namorado .

Na noite antes de sua grande mudança , ela decide aceitar um convite para jantar com alguns amigos . Infelizmente , ela se esqueceu de uma greve dos transportes nacionais , em dez minutos ela está presa no centro de Paris .

O tédio é aliviado quando a figura serena e atraente , de Jean (Vincent Lindon) , entra em seu carro . Como a mente , Laure cogita para as possibilidades que tem pela frente , a situação não parece ser tão ruim ...

Nota : com direção da excelente Claire Denis , um filme estruturado como carga sensível de superficialidade (traço recorrente na obra da diretora) , e que aqui transforma sua trama narrativa em uma espécie de sussurro luminoso anterior aos gestos . A cidade de Paris encontra no cinema de Denis , um esforço no sentido de uma vibração orgânica das imagens , onde o concreto das ruas , as luzes dos carros e o peso das construções é transformada em suspensão quase alquímica . Agnés Godard (fotografia) , e Denis , transformam concreto em luz ou , ao contrário de buscar uma cidade que recorta a luz , encontram uma cidade que se ergue da luz .

Antítese da paisagem vasta , e do olhar épico em que a luz se “ deita ” sobre a superfície , os pedaços de cidade em " Vendredi Soir " , são em si mesmos , construções sensacionistas . A cidade toda ecoa , transpira , em um impulso corporal , que é mediado pelos personagens em uma espécie de caldo , da onde a narrativa se secreta .

O urbano aqui não se dá como espaço opaco à ser ocupado , mas como sentido de ritmo (aí o jogo de luzes dos faróis no tráfego intenso) , e de dispersão luminosa (a umidade dos focos de luzes , os focos e desfoques) . O que se vê são profundidades e sombras , que se atravessam e se emaranham . Antes daquilo que se desdobra , a narrativa cinematográfica aqui é aquilo que desenha formas e instala visibilidades , não justapondo ruas , edifícios e esquinas , mas acumulando-as em sobreposição de ângulos , de rastros , de volumes . Refratando-se e se chocando , dispersando-se e se focando . A cidade , toda ela , como a luz que ela emana , by Revista Cinética .

O Carioca recomenda !!!


Tamanho : 350 MB
Idioma : Francês
Legenda : Português
Formato : Avi
Gênero : Drama/Noir/Romance
Ano : 2002


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2 comentários:

Anônimo disse...

nossa adorei essa obra muito boa mesmo a atriz é excelente valeu loba

Anônimo disse...

Muito obrigado Loba , a relação entre os dois , com Paris iluminada como pano de fundo é fascinante .

Forte abraço .


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